ARTE TERAPIA-MANDALAS-DANÇAS CRIATIVAS

 Criar abrange a habilidade em usar o cérebro para alterar, renovar, recombinar os aspectos da vida. Implica em sentir o mundo com vitalidade e fazer um novo uso do que se percebeu. É expressar nossas vivências, sonhos, conforme os sentidos e descobrir novas formas segundo as quais uma sociedade pode ser  construída.
   Criar é querer ser imortal.
   A Arteterapia é o uso da arte como terapia. Embora seja uma atividade milenar, se desenvolveu há cerca de 60 anos. Consiste na criação de material sem preocupação estética e sim apenas de expressar sentimentos. Esta catarse é muito sadia e faz com que o indivíduo se reorganize internamente. A arte é por si só uma atividade regeneradora.
 No processo criativo, a energia do inconsciente se liga a um arquétipo e o expressa numa linguagem simbólica. A arte é um canal para um nível não verbal de percepção que leva ao processo de individuação. Neste processo somos forçados a nos confrontar com diversas facetas de nosso íntimo que estão geralmente em conflito com nossas idéias e comportamento consciente.


     A Arteterapia é então uma terapia que através da estimulação da expressão, do desenvolvimento da criatividade. Favorece:
. A liberação de emoções, de conflitos internos, de imagens perturbadoras do inconsciente.
.  Contato com ansiedades, conteúdos reprimidos, medos
.  Coordenação motora
.  Mais e melhores "saídas" no dia a dia
.  O processo de individuação
.  Equilíbrio físico/ mental/ espiritual
 
São muitos os instrumentos da arteterapia:
Os primários: Água, argila, areia, corpo
Os demais: Desenho, pintura, colagem, sucata, escultura (massa, papel marchê, durepox, etc) costura, tricô, culinária, teatro, dança, literatura, enfim todas as formas de arte.

Existem duas linhas:
A interpretativa - onde se interpreta todo material produzido.
E a não interpretativa - onde o terapeuta não interpreta, embora entenda o conteúdo da criação. A arte por si só é regenerativa, pois libera todos os nossos "fantasmas".
 
A arteterapia pode ser aplicada:
à empresa ou instituições - neste caso o trabalho visa o desenvolvimento da criatividade, desenvolver o potencial pessoal e a diminuição do stress.
à escola - trabalha o desenvolvimento da criatividade, e o processo que o criar envolve: medo da expressão, do julgamento, ansiedade, auto estima, segurança em grupo ...
ao consultório - vai trabalhar com o processo criativo e o produto da expressão, entendendo melhor o paciente e ajudando-o no processo de integração de si mesmo, o equilíbrio.
  Pode atender:
     crianças, adolescentes, adultos, terceira idade, excepcionais em geral  (individual ou grupo)
  Temas tratados na arteterapia:
Auto estima, ,amor incondicional, valores, 
expressão dos sentimentos bloqueados, perdão, capacidade de entrega, 
afeto / ternura, agressividade, 
contato com o Divino, 
autocrítica 
limites, 
sexualidade / sensualidade,  quebra da armadura corporal, medo, 
produtividade, 
ideais de vida, 
criança interior, maldade x bondade
, 
masculino x feminino,natureza instintiva morte x imortalidade intuição, 
unidade do homem com a natureza,  fusão com a totalidade ...






MANDALAS

O que é mandala ?
Mandala é uma palavra sânscrita, que significa círculo. Mandala também possui outros significados, como círculo mágico ou concentração de energia. Universalmente a mandala é o símbolo da totalidade, da integração e da harmonia.
Em várias épocas e culturas, a mandala foi usada como expressão científica, artística e religiosa. Podemos ver mandalas na arte rupestre, no símbolo chinês do Yin e Yang, nos yantras indianos, nas mandalas e thankas tibetanas, nas rosáceas da Catedral de Chartres, nas danças circulares, nos rituais de cura e arte indígenas, na alquimia, na magia, nos escritos herméticos e na arte sacra dos séculos XVI, XVII e XVIII.
A forma mandálica pode ser encontrada em todo início, na Terra e no Cosmo: a célula, o embrião, as sementes, o caule das árvores, as flores, os cristais, as conchas, as estrelas, os planetas, o Sol, a Lua, as nebulosas, as galáxias. Se observarmos o cotidiano a nossa volta, perceberemos estruturas mandálicas onde nunca pensaríamos haver, como no gostoso pãozinho ou no macarrão que comemos: começam com a massa que depois de amassada vira uma bola – mandala tridimensional – para crescer. O prato onde comemos tem a forma circular, e quando nos servimos formamos uma mandala colorida, que irá nos alimentar e nos nutrir, dando energia e vitalidade ao nosso corpo. A própria Terra foi formada por uma explosão de forma mandálica.

As sessões individuais ou em grupo de Terapia Mandálica são feitas utilizando-se vários recursos com mandalas e dependendo do momento vivido pelos participantes. São utilizados as técnicas de leitura de impressões em mandalas pessoais, confecção de mandalas geométricas e mistas, coloração de mandalas, e meditação com mandalas especiais. Também serão utilizadas técnicas de centramento, trabalho com sonhos, consciência corporal e leitura de textos. Nestas sessões e durante o processo terapêutico, trabalha-se o desenvolvimento pessoal, o autoconhecimento, a ampliação da consciência e da intuição, a concentração, e o centramento.

Como atua a mandala
A mandala trabalha os seguintes aspectos pessoais: físico, emocional e energético. No aspecto físico, promove-se o bem-estar, o relaxamento e a prevenção do estresse. Emocionalmente, pode trabalhar conteúdos oriundos de emoções antigas, atuais ou futuras, pois sinaliza aqueles que irão emergir. Neste trabalho (mandalas pessoais), é muito comum surgirem traumas passados, que são colocados no desenho de forma sutil, só percebidos por quem souber fazer a leitura do que está sendo sinalizado. Esta leitura se faz por meio do traço, da forma, das cores, dos símbolos e de vários outros aspectos que aparecem quando se desenha uma mandala pessoal.
Qualquer pessoa pode se conhecer e se trabalhar com mandalas, tanto com a ajuda de um terapeuta, quanto sozinho. A pessoa pode fazê-lo confeccionando e colorindo mandalas, ou, ainda, meditando com elas. A mandala irá colocar, de forma sutil, no lugar certo aquilo que se encontra fora de lugar, Jung diz que “A mandala possui uma eficácia dupla: conservar a ordem psíquica se ela já existe; restabelecê-la, se desapareceu. Nesse último caso, exerce uma função estimulante e criadora.”
No aspecto energético, a mandala ativa, energiza e irradia, podendo harmonizar ambientes físico ou pessoal carregados negativamente, ou aura de sofrimento e tristeza. Ainda energeticamente, a mandala pode levar a pessoa a contatos com dimensões supraconscientes e ao encontro de um caminho espiritual. Neste sentido, a mandala foi, e ainda é, muito utilizada para a meditação e para o desenvolvimento e a ampliação da consciência. No budismo tibetano os monges fazem-na de areia para depois serem ofertadas às divindades.
É importante saber que para qualquer finalidade que se queira alcançar trabalhando com mandalas tem de se desenvolver a perseverança, a persistência e a força de vontade. Trabalhar com mandalas é uma forma carinhosa de abrir o coração para a criatividade, a intuição e o amor.


O QUE SE GANHA TRABALHANDO COM MANDALAS
DANÇAS CRIATIVAS
A pessoa que trabalha com mandalas, sozinha ou com a ajuda de um terapeuta, beneficia-se de várias formas:
- prevenindo o estresse;
- preservando e organizando a saúde psíquica;
- aumentando a capacidade de atenção e de concentração;
- aumentando a capacidade de receptividade;
- aumentando a harmonia, a calma e a paz interior;
- aumentando a criatividade;
- ampliando a consciência;
- desenvolvendo o Eu Superior;
- encontrando um caminho espiritual.


A DANÇA CRIATIVA OU LIVRE

A Dança Criativa é uma aula de exploração livre do movimento criativo de cada pessoa ou criança. Aborda o conhecimento do esquema corporal e educação auditiva, a dinâmica corporal e as suas possibilidades motoras e a estruturação das relações espaciais e temporais.
Tem uma componente de aprendizagem, através do jogo, que desenvolve as capacidades psico-motoras, bem como a cooperação na formação individual e da personalidade de cada um. Atua de forma descontraída, para que cada aluno dance livremente e se sinta capaz de ajudar na construção de uma coreografia, bem como de a Dançar, Ver e Fazer!

Objectivos:
  • Ajudar a pessoa/criança na descoberta do movimento como meio de expressão e de desenvolvimento de ideias, na descoberta das suas próprias formas de movimento, alargando estas descobertas à percepção espacial e temporal;
  • Familiarizar a pessoa/criança com a sua imagem corporal, através de actividades motoras de experimentação. Percepção de que o corpo está dividido em partes, e que estas podem movimentar-se de formas diferentes;
  • Possibilitar através da expressão que a pessoa/criança desenvolva aspectos biológicos, psicológicos, sociais e motores;
  • Mostrarà a pessoa/criança que esta é capaz de criar coreografias individuais ou de grupo, tendo como base as aulas e os estímulos do professor.

As vivências buscaram de uma forma lúdica, equilibrar os desafios com as capacidades pessoais de modo a integrar as categorias de comportamento dos domínios cognitivo, sócio-afetivo e psicomotor à habilidade criativa, visando proporcionar a “qualidade da experiência” em dança educacional.
Objetivou-se, especificamente, facilitar o processo de ensino e aprendizagem em dança criativa através da “experiência ótima”, buscando estimular um público com experiência em dança, de forma desafiante através do movimento metafórico.
O programa constou de uma exposição teórica dos seguintes temas ensino de dança; vivências lúdicas em dança criativa; reaprendizagem de padrões de movimento e seu significado subjetivo.
A metodologia das vivências constou de um Preparo Corporal inspirado por uma
pensamento filosófico de Laban. Em seguida partiu para um Processo Criativo estimulado pela metáfora do
“significado (pessoal) da dança na vida”, o qual seguiu o caminho das imagens metafóricas concretizadas em
movimento metafórico. Este processo teve como resultando uma Composição realizada num percurso fluente constando das três fases de “movimentos relacionados a pessoas e objetos” sugeridos por Laban: a “preparação”, o “contato propriamente dito” e o “soltar”.
Estas três fases foram compostas respectivamente pelas habilidades motoras fundamentais de estabilidade, de locomoção e de manipulação, vivenciadas através dos contrastes e nuances dos fatores de movimento.
Para finalizar, as composições individuais foram compartilhadas em uma apresentação integrativa.